olho um homem que, sei, engole o choro na borda da garganta
a qualquer momento a água atravessa
está prestes a inundar o aqui onde estamos
a veia do pescoço pulsa
o ombro retesado
as palavras poucas
e meu maior medo não é me afogar no que está prestes a jorrar
temo
porque sei
que água de homem é dura
água de homem
desenfreia
mata
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