ou te devoro

Quero escrever com o corpo Me expressar além da língua Tenho a fome maior que a barriga Já comi pão, arroz, até pasto Mas de tão guloso não me basto Enfiei na guela agua com farinha E percebi que a fome que eu tinha
a língua não lambe
a barriga não estufa 
a boca não come
me empapuço todo dia Mas vivo eternamente com fome

transvazar

Quando escrevo
Não escrevo
Me debruço
Me derramo
Me despejo